terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Campeão na Austrália, Federer diz: 'Não acho que alguém ame o tênis como eu'

Roger Federer já é recordista absoluto de títulos em Grand Slams em simples, com 16. O suíço também já está perto de alcançar a marca de Pete Sampras, o homem que ocupou por mais tempo o topo do ranking. E o atual número 1 do mundo não está satisfeito. Ele quer mais recordes, mais conquistas, e afirma: ninguém gosta mais de tênis que ele.

Agência/Getty Images

Roger Federer posa para fotos em Melbourne, um dia depois de vencer o Australian Open pela quarta vez

Em entrevista ao jornal francês "L'Équipe", Federer falou de sua paixão pelo esporte, de quanto quer seguir vencendo na modalidade, e até revelou que usa tampões de ouvido para não escutar o choro das gêmeas nas noites durante os torneios. Confira trechos abaixo.

O AMOR PELO TÊNIS

O desejo de jogar chega de forma natural. O que faço muitas vezes é lembrar do começo. Por que escolhi o tênis desde pequeno? Por que trabalhei tão duro esses anos? Por que gosto tanto de jogar tênis? A resposta é fácil e simples: não creio que haja alguém que ame o tênis como eu.

O RECORDE DE PETE SAMPRAS

O recorde de semanas como número 1 de Sampras é importante para mim (Sampras ficou 286 semanas na liderança, e Federer já soma 268). Estar à frente por tanto tempo, quando sabe quem está atrás, não é fácil. Meu objetivo principal para este ano é terminar como número 1 do mundo. Foi muito difícil recuperar esta posição.

A VONTADE DE VENCER

Quero ganhar mais torneios. No ano passado, ganhei quatro. Foram torneios grandes, mas tenho que ser melhor. Faltaram títulos em torneios menores. Com certeza, tive de renunciar alguns, por lesão ou porque precisava descansar, e me concentrei nos grandes. Não gosto disso

A QUESTÃO FÍSICA

Sempre espero chegar em forma aos grandes torneios. Não se pode jogar um Grand Slam com problemas físicos pequenos. As mulheres podem suportar as primeiras três rodadas sem se recuperar, mas os homens, não. Sempre faço um pré-aquecimento de dez minutos antes de cada partida e reforço minhas costas todos os dias, porque tive problemas no passado. Sempre achei que minhas costas não eram suficientemente fortes.

TAMPÕES DE OUVIDO

Se não durmo 11 ou 12 horas por dia, não é bom, me machuco. Quando as gêmeas (suas filhas Charlene Riva e Myla Rose) choram e estou em um torneio, coloco tampões de ouvido e volto a dormir.

CALENDÁRIO PUXADO

As pessoas precisam entender que não é possível jogar tudo. Se eu tivesse jogado a Davis no ano passado, talvez não tivesse ganhado Roland Garros. Acredito que disputar uma rodada de Copa Davis equivale a tirar um Masters 1.000 do meu calendário, e não estou pronto para isso. Ainda prevalecem minhas decisões individuais, e chegará uma hora em que isso vai mudar.

RAFAEL NADAL

Vi Rafa jogar em Abu Dhabi e em Doha. Não lhe falta nada. É verdade que não ganha torneios há um tempo, mas veja quem lhe derrotou: Del Potro, Murray, Davydenko, Djokovic, Soderling.


Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

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