Enquanto na Europa os técnicos brasileiros não conseguem fazer muito sucesso, na Ásia a história é completamente diferente. A constatação vem pela enxurrada de “professores” tupiniquins na Liga dos Campeões da Ásia, torneio interclubes com início marcado para esta terça-feira. Ao todo, são sete treinadores brasileiros, entre eles, nomes prestigiados como Felipão, penta com a seleção em 2002, e Abel Braga, campeão mundial com o Inter em 2006 (confira abaixo a lista).
Os sete treinadores brasileiros na Liga dos Campeões da Ásia: Abel Braga (Al Jazira-QAT), Sergio Farias (Al Ahli-ARA), Caio Junior (Al Gharafa-QAT), Felipão (Bunyodkor-UZB), Oswaldo de Oliveira (Kashima-JAP), Waldemar Lemos (Pohang-COR) e Cerezo (Al Ain-EMI)
Outra prova desse moral está no Pohang Steelers. Atual vencedor da competição, que dá uma vaga para no Mundial de Clubes da Fifa no fim do ano e é disputada nos moldes da Champions europeia (os 32 participantes, de dez países diferentes, são divididos em oito grupos, com os dois primeiros se garantindo nas oitavas de final), o time sul-coreano perdeu Sergio Farias, que foi para o Al Ahli-ARA, mas trouxe outro brasileiro: Waldemar Lemos, ex-Flamengo e Figueirense.
Essa alta quantidade de técnicos “made in Brazil” é vista com orgulho, mas também considerada perigosa.
- Realmente dificulta, porque os treinadores do golfo usam sempre os mesmos esquemas e fica fácil anular esses times. Já os brasileiros variam bastante – afirmou Abel Braga, por e-mail, ao GLOBOESPORTE.COM, que, terá pela frente dois compatriotas na primeira fase do torneio: Caio Junior, que dirige o Al Gharafa, do Qatar, e Sergio Farias, do Al Ahli.
Oswaldo de Oliveira, tricampeão japonês com o Kashima Antlers, destaca as dificuldades da Champions asiática e suas similaridades com o torneio homônimo disputado na Europa
- A semelhança é que essa é também uma competição continental e disputada nos mesmos moldes. Nunca disputei uma Liga dos Campeões da Uefa, mas sei que é muito difícil e reúne grandes clubes. Essa competição na Ásia também não é fácil e sei disso porque disputei com o Kashima nos últimos dois anos – ressaltou o ex-treinador do Corinthians.
Prêmios altos para os times do Oriente Médio
Além da vaga no Mundial de Clubes, a conquista da Liga pode render lucros para os técnicos, principalmente aos que trabalham em equipes do Oriente Médio.
- Os clubes do Qatar ainda não conseguiram projeção no futebol asiático, por isso, os prêmios, que já são ótimos em torneios nacionais, devem ser melhores ainda na Ásia – ressaltou Caio Junior, que tem sob o seu comando jogadores brasileiros como Juninho Pernambucano e Araújo.
E falando em atletas tupiniquins, Abel Braga, que tem o ex-colorado Rafael Sobis no elenco do seu Al Jazira, destacou outros nomes que podem brilhar no torneio.
- O Fernando Baiano está muito bem no Al Whada. O Sobis está voltando ao melhor futebol. Tem também o Thiago Neves que está arrebentando na Arábia, além do Emerson (Ex-Flamengo), no Al Ain – disse.
Disputada desde 2003 sob o nome da Liga dos Campeões da Ásia, a competição dá ao vencedor um prêmio de U$S 1,5 milhão. Além do Pohang, atual campeão, já conquistaram os seguintes clubes: Al Ittihad-ARA (duas vezes), Gamba Osaka-JAP, Urawa Red Diamonds -JAP, Jeonbuk –COR e Al Ain-EMI
Fonte: Globo.com
Marivldo Lima.
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