domingo, 23 de maio de 2010

Dirigente revela ter recebido ameaça de morte no Brasileiro de 2009

André Silva, vice presidente de futebol do Botafogo  
André Silva em entrevista coletiva no Botafogo

As últimas rodadas do Campeonato Brasileiro de 2009 foram mais tensas do que muitos imaginam para os dirigentes do Botafogo. Além da ansiedade de uma possível queda do clube para a Série B, alguns deles chegaram a ser ameaçados de morte por torcedores, caso o rebaixamento fosse confirmado. Em entrevista ao jornal "O Dia", André Silva, vice-presidente de futebol da equipe carioca, revelou que ele e o presidente Maurício Assumpção foram de carro blindado e com a escolta de três seguranças fortemente armados ao jogo contra o Palmeiras, no Engenhão.

- Naquele jogo fomos para o estádio em um carro blindado, com três seguranças fortemente armados e usando coletes à prova de balas. Eu tinha também uma passagem aérea em aberto. Caso acontecesse o pior, eu ficaria 15 dias fora - revelou.
Eles chegaram a receber uma ligação de uma psicóloga, que atendia dependentes químicos,  avisando que corriam risco de vida. Dois pacientes haviam dito que se drogariam no jogo e, se o Botafogo caísse, matariam os dirigentes. Segundo ele, a polícia fez um esquema especial para que pudessem deixar o local de maneira segura.

- A polícia fez ainda uma rota de fuga para mim e para o Maurício. Queriam que a gente saísse do estádio antes do final do jogo, mas nos negamos e ficamos até o fim, mesmo contra a vontade do chefe do policiamento - lembrou.
Além disso, André Silva também sofreu ameaças no cartório ande trabalhava como tabelião substituto, em Nova Iguaçu.

- Gritavam comigo na frente do cartório e diziam que iam me matar se o Botafogo caísse. Foram dias difíceis. Ainda bem que este ano ganhamos o Carioca e o clima agora é completamente diferente. Ainda bem que passou - finalizou.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

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