Victor, em entrevista depois de não ser convocado
No hotel onde a delegação gremista se concentra, em Porto Alegre, ficou em silêncio no quarto, falou com a mãe e com a noiva. Foi a reação que conseguiu ter depois do anúncio. Mais tarde, em entrevista coletiva no estádio Olímpico, manteve o tom de voz sóbrio que o caracteriza, mas não escondeu a insatisfação e a emoção.
- Fiquei chateado, desapontado. Claro que criei uma expectativa pelo que vinha sendo falado. Estava confiante na convocação, mas futebol tem muito disso – disse.
O camisa 1 tricolor recebeu total apoio dos colegas de time. Apesar de abalado, tenta manter a confiança e a concentração no que terá pela frente. Nesta quarta-feira, Grêmio e Santos fazem o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, na capital gaúcha, às 21h50m (de Brasília).
- Não foi uma frustração só minha, foi geral. Mas a partir do momento em que entrei em campo para treinar, a cabeça está no Grêmio, o foco no Santos. Estou motivado, tenho objetivos maiores pelo Grêmio. Não vai ser isso que vai abalar minha confiança. Vou dar a vida dentro de campo. Se precisar dar a cara para chutar, vou dar. Minha Copa agora é a Copa do Brasil. Quero ser campeão da Copa do Brasil e do Brasileiro também – frisou.
Victor tentou encontrar os motivos que o deixaram fora da lista. O jogador participou da vitoriosa campanha da seleção na Copa das Confederações do ano passado. Não jogou um minuto sequer, mas lembra que foi muito bem recebido pelo grupo e teve boa relação com o técnico. O goleiro do Tricolor gaúcho vive grande fase. Doni, por exemplo, é reserva no Roma.
- O que me levou para a seleção foi o Grêmio. O Dunga tem os critérios dele, paciência. É o responsável pelas escolhas dele. Não joguei pela seleção, mas em dois anos e meio no Grêmio fiz quase 140 jogos. Isso é muita coisa. Não acho que foram questões técnicas. Me vejo em condições iguais aos que foram. Foram questões pessoais e da preferência do treinador. Não tenho nenhum problema com ele, não é questão de gostar. É preferência. Não me vejo em condição inferior. O que poderia ter feito, eu fiz. Tecnicamente não me vejo abaixo – analisou.
Victor não acredita que o fato de jogar no Brasil tenha atrapalhado.
- O que poderia ter feito para merecer a convocação eu fiz. Sou um dos primeiros a chegar no treino, um dos últimos a sair. Venho trabalhando de forma forte. Se isso pesou ou não, não cabe a mim a resposta – disse.
Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima
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