O ex-técnico do Palmeiras, Antônio Carlos Zago, protestou, nesta terça-feira, contra os motivos que teriam levado a diretoria alviverde a demiti-lo do comando da equipe. Zago, que admitiu ter se desentendido com o atacante Robert no ônibus que levava a delegação palmeirense do hotel para o aeroporto, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, após o empate por 0 a 0 com o Vasco, voltou a negar que tenha trocado agressões com o atleta e disse que a situação foi agravada pelo vazamento de informações por parte de pessoas que trabalham no próprio clube. Ele acredita ser mais uma vítima da briga política interna do Verdão, que já teria derrubado "outros treinadores de renome".
Jorge Parraga - treinador do Palmeiras B - assumirá o time interinamente. A diretoria não quis comentar nomes que estão sendo trabalhados e não descarta esperar o fim da Copa do Mundo para repor a saída de Zago. Luiz Felipe Scolari e Jorginho são especulados.
- Achei covardia o surgimento do boato de que brigamos, como uma forma de pressionar minha saída. Foi tudo muito mal conduzido. Há pessoas que trabalham no clube e que ficam vazando informações e inventando notícias para desestabilizar o trabalho que está sendo feito. Outros treinadores de renome passaram recentemente pelo Palmeiras e sofreram pelo mesmo motivo. Não sou a primeira vítima desta briga política, mas, sinceramente, espero ser o último – declarou Antônio Carlos, em comunicado oficial.
Jorge Parraga - treinador do Palmeiras B - assumirá o time interinamente. A diretoria não quis comentar nomes que estão sendo trabalhados e não descarta esperar o fim da Copa do Mundo para repor a saída de Zago. Luiz Felipe Scolari e Jorginho são especulados.
- Achei covardia o surgimento do boato de que brigamos, como uma forma de pressionar minha saída. Foi tudo muito mal conduzido. Há pessoas que trabalham no clube e que ficam vazando informações e inventando notícias para desestabilizar o trabalho que está sendo feito. Outros treinadores de renome passaram recentemente pelo Palmeiras e sofreram pelo mesmo motivo. Não sou a primeira vítima desta briga política, mas, sinceramente, espero ser o último – declarou Antônio Carlos, em comunicado oficial.
Pivô do incidente, Robert conversa com Marquinhos,
netsa terça
A discussão com Robert - que também terá seu contrato rescindido - teria se iniciado com as cobranças do treinador por conta do atraso na reapresentação de alguns atletas. O atacante, então, teria confrontado Zago a respeito do tratamento dado a outros jogadores, liberados para voltar à capital paulista antes do restante da delegação. Apesar do incidente, o ex-comandante do Palmeiras saiu em defesa de Robert, disse que o jogador não pode ser punido sozinho e fez duras críticas à omissão dos dirigentes, especificamente, do diretor de futebol Seraphim Del Grande, que teria presenciado todo o incidente.
- Fiquei chateado com o que saiu em relação ao Robert, porque saiu o nome de um só. Ele estava entre os atrasados, mas não estava só. Falaram que vão apurar quem chegou atrasado, mas o Del Grande sabe quem chegou atrasado, ele sabe o horário. Isso tem que ser passado por todos. O Robert não tem que pagar por tudo o que aconteceu, ele não pode pagar pela incompetência de uma pessoa do Palmeiras que deixou essa notícia vazar para a imprensa. Ou pagam todos, ou não paga nenhum. Ou se toma uma atitude radical, como eu queria, ou não acerta nenhum jogador – disse, em entrevista à Rádio Globo.
Ewerthon é multado
Em entrevista coletiva, o vice-presidente de futebol do clube, Gilberto Cipullo, anunciou que o atacante Ewerthon também será punido pelo atraso. No entanto, o castigo virá em forma de multa, e não de demissão. A participação de outros atletas ainda será investigada.
- Em relação ao hotel, o treinador autorizou (os jogadores) a sair depois do jogo e retornar em determinado horário (quatro horas da manhã). Alguns chegaram depois do horário e por essa razão vamos multar os únicos que ficaram comprovados, que são o Robert e o Ewerthon. O restante, nós vamos investigar.
Com relação às alegações de os atletas terem tentado subir com mulheres no hotel onde o Palmeiras estava hospedado, Cipullo disse que não há provas.
Ewerthon é multado
Em entrevista coletiva, o vice-presidente de futebol do clube, Gilberto Cipullo, anunciou que o atacante Ewerthon também será punido pelo atraso. No entanto, o castigo virá em forma de multa, e não de demissão. A participação de outros atletas ainda será investigada.
- Em relação ao hotel, o treinador autorizou (os jogadores) a sair depois do jogo e retornar em determinado horário (quatro horas da manhã). Alguns chegaram depois do horário e por essa razão vamos multar os únicos que ficaram comprovados, que são o Robert e o Ewerthon. O restante, nós vamos investigar.
Com relação às alegações de os atletas terem tentado subir com mulheres no hotel onde o Palmeiras estava hospedado, Cipullo disse que não há provas.
Segundo Gilberto Cipullo, a saída de Zago foi de
comum acordo - Quanto à questão de presença de mulheres no hotel, ela é extremamente grave, mas não se pode fazer acusações porque não há comprovação, e os jogadores negam. Vamos investigar e se for comprovado, aí sim, vamos aplicar a punição que entendemos ser devida.
Apesar de toda a contrariedade demonstrada por Zago em suas declarações, Cipullo contou outra versão sobre a demissão do técnico. Segundo ele, a troca de comando foi de acordo entre as duas partes.
Apesar de toda a contrariedade demonstrada por Zago em suas declarações, Cipullo contou outra versão sobre a demissão do técnico. Segundo ele, a troca de comando foi de acordo entre as duas partes.
- Não houve agressão, mas pelo fato de a discussão ter sido perante o grupo, entendemos que era um fato que não daria pra relevar. O fato ocorrido poderia ter consequências futuras. Por isso, de comum acordo entendemos que seria melhor o afastamento dele do Palmeiras. Mas quero deixar claro que tem ele saldo positivo como profissional, é correto, trabalhador e não tenho dúvidas de que será um dos grandes treinadores do futebol brasileiro. Poderá retornar em qualquer tempo ao Palmeiras.
Críticas à diretoria alviverde
Em entrevista ao programa "Tá na Área", do SporTV, Antônio Carlos Zago - que se recusou a dizer os nomes dos demais jogadores que teriam se reapresentado com atraso - analisou a atual situação política do Palmeiras, e avaliou que os alviverdes ainda não encontraram um substituto para o ex-gerente Toninho Cecílio - que atualmente é técnico do Grêmio Prudente.
Críticas à diretoria alviverde
Em entrevista ao programa "Tá na Área", do SporTV, Antônio Carlos Zago - que se recusou a dizer os nomes dos demais jogadores que teriam se reapresentado com atraso - analisou a atual situação política do Palmeiras, e avaliou que os alviverdes ainda não encontraram um substituto para o ex-gerente Toninho Cecílio - que atualmente é técnico do Grêmio Prudente.
Não sou a primeira vítima desta briga política, mas, sinceramente, espero ser o último"
Zago
- O Palmeiras precisa melhorar algumas coisas para que reencontre o rumo das vitórias, o rumo dos títulos que a torcida tanto cobra. O clube está com dificuldades de achar alguém para o lugar do Toninho Cecílio, mas creio que em algum momento vai aparecer alguém competente para o cargo.
O ex-treinador ainda fez críticas à inabilidade da diretoria na busca por reforços, como Carlinhos e Deco - que estiveram perto de acertar com a equipe paulista.
- Em relação ao Carlinhos, eu joguei com ele no Santos em 2007. Foi o primeiro que eu pedi para a diretoria contratar, em fevereiro. A situação foi se arrastando, e ele acabou optando pelo Fluminense. Mas não foi por condição financeira. A questão do Edinho é complicada, porque ele é superimportante. Não sei se a questão financeira está pesando. Tive uma conversa particular com ele, e ele demonstrou total interesse em ouvir a diretoria do Fluminense. Quanto ao Deco, até sexta estava tudo acertado, mas no fim de semana mudou de rumo e ele acertou com o Fluminense, parece.
Confira a íntegra do comunicado de Zago:
"A diretoria liberou quatro jogadores para voltar a São Paulo antes da delegação. Outros jogadores pediram para sair e foram liberados da concentração, pelos diretores. Havia um horário pré-determinado para a reapresentação e eles se atrasaram. Quando fui repreendê-los no ônibus, Robert não gostou dizendo que deveria haver tratamento igual aos não-evangélicos. Encerrei qualquer possibilidade de discussão ali e não houve briga, porque eu não admitiria. Houve uma cobrança minha em cima de um ato de indisciplina. Achei covardia o surgimento do boato de que brigamos, como uma forma de pressionar minha saída. Foi tudo muito mal conduzido. Há pessoas que trabalham no clube e que ficam vazando informações e inventando notícias para desestabilizar o trabalho que está sendo feito. Outros treinadores de renome passaram recentemente pelo Palmeiras e sofreram pelo mesmo motivo. Não sou a primeira vítima desta briga política, mas sinceramente espero ser o último."
Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima
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