De volta das Olimpíadas, a delegação brasileira do judô desembarcou na manhã deste domingo no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Porém, apenas parte dos atletas passou pelo público: os medalhistas Rafael Silva, Felipe Kitadai, Sarah Menezes e Mayra Aguiar, foram direto para um hotel, onde concederão entrevista coletiva em algumas horas. O destaque foi a festa para a recepção de Suelen Altheman, derrotada pela chinesa Wen Tong na categoria pesado na disputa do bronze.
Atleta da cidade de Amparo, no interior de São Paulo, a judoca de 23 anos ouviu cerca de 50 pessoas fazerem muito barulho, com direito a instrumentos musicais, faixas e gritos ensaiados ao chegar à capital paulista. Família e amigos usavam camisetas com a inscrição “Orgulho de ser amparense”, com uma foto de Suelen à frente da bandeira do município. Várias pessoas que passavam pelo local pararam e se juntaram à festa.
Quem também apareceu no desembarque foi o meio-leve Leandro Cunha, conhecido como “Coxinha”. Apesar da decepção logo na estreia (sexto colocado do ranking mundial, ele foi derrotado pelo polonês Pawel Zagrodnik, apenas 48° da lista), o judoca se mostrava bastante satisfeito com a representatividade que seu esporte ganhou nestes Jogos Olímpicos.
- É uma satisfação representar seu país nas Olimpíadas. Ver o judô crescer dessa maneira e ganhar medalhas para o Brasil é muito bom. Tenho certeza que vamos continuar evoluindo e dando orgulho nas próximas vezes - afirmou.
Cunha é o principal nome da categoria desde a aposentadoria de João Derly. Embalado por duas medalhas de prata nos últimos Mundiais, ele era uma das principais esperanças de medalha. Ainda assim, a Confederação diz ter atingido seu objetivo nos jogos: o judô ultrapassou a vela como esporte que mais deu medalhas ao Brasil em todos os tempos.
Com um ouro e três bronzes em Londres, o judô cravou seu melhor resultado da história: antes, em Seul (1988) e Barcelona (1992), a delegação havia retornado com um ouro. Em Los Angeles (1984), uma prata e dois bronzes e em Pequim (2008) três bronzes.
Esperamos outra vez o reconhecimento dos empresários em ajudar o nosso esporte, pois isso já ficou claro, sem ajuda dos grandes empresários o esporte não despontará da forma correta, somente com o empenho de todos nossos atletas terão mais chances de obterem sucessos em suas modalidades distintas.
MARIVALDO LIMA