O jogo do ano: Comercial-PI sonha com partida de volta e R$ 1 milhão

 

Comercial treina para tentar garantir jogo de volta em São Paulo (Foto: Diego Ribeiro/ GLOBOESPORTE.COM)

 

Os salários estão em dia. O segundo jogo é fundamental para manter isso"

Francisco Wilson

Basta uma boa partida contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, e o ano do Comercial-PI estará praticamente garantido. Na estreia das duas equipes nesta Copa do Brasil, a intenção da equipe do interior piauiense é não perder por dois ou mais gols de diferença em Teresina para garantir o jogo de volta em São Paulo. A diretoria do Comercial já estimou o preço dessa “vitória”: até R$ 1 milhão - com descontos, cerca de R$ 800 mil.
Para um clube com folha de pagamento na casa dos R$ 40 mil, disputar o segundo jogo da primeira fase é fundamental. Isso porque são esperadas cerca de 30 mil pessoas no Estádio Albertão, com ingressos custando até R$ 50. Caso o Verdão se classifique já em Teresina, a renda é quase toda dos paulistas, que terão maioria absoluta nas arquibancadas. Se o Comercial conseguir forçar o jogo de volta, fica com toda a renda. É nisso que aposta o presidente Francisco Wilson, no cargo desde o começo de 2010.

- O primeiro objetivo é ter o jogo de volta, aí podemos pensar até em classificação. Mas dependemos muito desse dinheiro para poder ficar tranqüilos - afirmou Wilson. De qualquer forma, um dinheiro extra já está garantido. Como o jogo é de alcance nacional e será transmitido para todo o Brasil, o Comercial conseguiu patrocínios exclusivos para a partida – todos por meio de uma empresa de marketing esportivo de São Paulo. Segundo Francisco Wilson, são três patrocínios que renderão cerca de R$ 70 mil - suficiente para quitar quase dois meses da folha de pagamento. Com os novos anunciantes, o uniforme de jogo do Comercial só deve ficar pronto nesta terça.

 

Aníbal Lemos orienta atletas do Comercial-PI

(Foto: Diego Ribeiro/ GLOBOESPORTE.COM)

 

Dentro de campo, o técnico Aníbal Lemos comandou o primeiro treino da equipe em Teresina nesta segunda-feira. O time é de Campo Maior, a 80 quilômetros da capital piauiense, mas a falta de estrutura na cidade fez com que a delegação antecipasse a viagem. Ao contrário da maioria das equipes emergentes do Brasil, o Comercial não tem qualquer apoio da prefeitura e precisa andar com as próprias pernas para sobreviver. Um bom resultado nesta quarta-feira seria um grande passo nessa missão.

- Está tudo em dia, desde os jogadores até a cozinheira, o aluguel do ônibus. Queremos manter isso, planejamos a longo prazo, tanto que este time está montado desde o ano passado e seguirá para o Campeonato Piauiense (que começa em abril). Para tudo isso continuar, forçar o segundo jogo contra o Palmeiras é fundamental - admitiu Francisco Wilson.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima