segunda-feira, 29 de março de 2010

Morre Armando Nogueira, camisa 10 do jornalismo esportivo brasileiro

O jornalismo está de luto. Foi-se um representante da "camisa 10" na arte de escrever da era de ouro da crônica esportiva. Aos 83 anos, Armando Nogueira morreu na madrugada desta segunda-feira, em sua casa, na Lagoa, no Rio de Janeiro. Há dois anos, Armando lutava contra um câncer no cérebro – que lhe roubou primeiro a capacidade de falar e escrever, duas das atividades que mais prezava.

O velório do jornalista será a partir das 13h desta segunda-feira, no Maracanã. No estádio, foi-lhe dada uma das maiores homenagens pela Superintendência de Desportos da Cidade do Rio de Janeiro (Suderj), que inaugurou o Espaço Armando Nogueira, localizado no acesso à tribuna de imprensa. A foto do cronista aparece ao lado das de outros 72 grandes nomes da imprensa esportiva, como Ary Barroso, Jorge Cury e João Saldanha. O enterro será na terça-feira, às 12h, no cemitério São João Batista. O Governo do Estado do Rio decretou luto oficial de três dias.

De Xapuri para o Rio

Armando nasceu no dia 14 de janeiro de 1927, em Xapuri, no Acre. Mudou-se para o Rio de Janeiro com 17 anos, formou-se em Direito e começou a trabalhar como jornalista nos anos 50, no finado "Diário Carioca". Foi repórter, redator e colunista. Trabalhou na "Revista Manchete", em "O Cruzeiro" (de 1957 a 1959) e no "Jornal do Brasil" – onde assinou a coluna “Na Grande Área” por 12 anos. De 1966 a 1990, trabalhou na TV Globo, sendo diretor da Divisão de Esportes e depois diretor de jornalismo, comandando o Jornal Nacional. Em 1992, integrou a equipe da TV Bandeirantes nas Olimpíadas de Barcelona. Nos anos 2000, passou a integrar a equipe do SporTV, onde participava de mesas-redondas e tinha o programa “Papo com Armando Nogueira”. Na imprensa escrita, o jornalista trabalhou por último no diário Lance!", onde tinha coluna.

Seu estilo doce e anedótico, que sempre buscava olhar para o esporte com poesia, influenciou várias gerações de torcedores e jornalistas. Armando, que participou de cobertura de Copas do Mundo desde 1954, publicou dez livros sobre esporte, a começar por “Drama e glória dos bicampeões”- sobre a vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1962. A seguir vieram outros títulos, coletâneas de crônicas  publicadas em jornais brasileiros: “Na grande área”, “Bola na rede”, “O homem e a bola”, “Bola de cristal”, “O voo das gazelas”, “A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar”, “O canto dos meus amores”, “A chama que não se apaga” e “A ginga e o jogo".

Time de craques na Grande Resenha Facit

Nos fim dos anos 50, Armando participou ao lado de Nelson Rodrigues, João Saldanha e Luiz Mendes da mítica “Grande Resenha Facit” – a primeira grande mesa-redonda do futebol carioca, criada por Walter Clark, na época diretor da TV Rio. No programa, que era ancorado por Luiz Mendes, o botafoguense Armando Nogueira discutia os principais lances da rodada do fim de semana do futebol com um time de craques: o tricolor Nelson Rodrigues, o também alvinegro João Saldanha e o rubro-negro José Maria Scassa.

Em setembro de 1966, o programa, com todos os seus participantes, foi para a TV Globo, levado por Walter Clark, que havia assumido o comando da recém-inaugurada emissora. Um mês depois, Armando Nogueira foi convidado para ser o diretor de jornalismo da TV Globo.

Grandes paixões

Apaixonado por futebol e por esportes em geral, Armando Nogueira, quando não escrevia ou apresentava seus programas de TV, gostava de relaxar nas alturas. Era um fervoroso praticante de voos de ultraleve, e foi, inclusive, o fundador do clube carioca na modalidade.

Nas "pretinhas", da máquina de escrever ao computador, o Botafogo e a seleção brasileira foram as grandes paixões. Inúmeras crônicas de Armando retratavam seus maiores ídolos - Garrincha, Didi, Nilton Santos e Pelé - e outros grandes craques. Zizinho, Tostão, Gerson, Rivelino, Jairzinho, Maradona, Beckenbauer,Zico e Romário, por exemplo, sempre foram homenageados com o olhar especial e o texto impecável de Armando.

Algumas frases do poeta-cronista são antológicas. Definiu como poucos o Rei do Futebol:

"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."

Sobre o gênio das pernas tortas, foi correto ao resumir seus dribles:

"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."
 
A carreira do jornalista inspirou no ano passado a criação do troféu que o homenageia – uma parceria do Sportv com o GLOBOESPORTE.COM – que premia o melhor jogador de cada posição no Campeonato Brasileiro

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Armando Nogueira deixa um legado de dez livros publicados sobre esportes

Em sua obra literária, o jornalista narra sua experiência após assistir a 15 Copas do Mundo e sete Jogos Olímpicos

Alguns livros publicados por Armando

O jornalista Armando Nogueira, que morreu na manhã desta segunda-feira, aos 83 anos, deixa um legado de dez livros publicados, todos sobre a sua maior paixão em seus 60 anos de carreira: o esporte, no entanto, a maior parte deles sobre o futebol. Em “A Ginga e o Jogo”, pela editora Objetiva, Armando dispõe em uma coletânea de 78 textos, confissões, comentários e histórias sobre as 15 Copas do Mundo a que assistiu, desde a de 1954, além de sete Jogos Olímpicos, desde 1980. “O esporte é uma das mais ricas manifestações de vida que eu conheço. Contém todas as virtudes e todos os pecados da criatura humana, dos mais sublimes aos mais subalternos”, dizia Armando Nogueira. Os grandes ícones do esporte são personagens das crônicas do mestre, como Pelé, Garrincha, Ademir da Guia, Romário, além de Guga, Hortência, Magic Paula e Rodrigo Pessoa.

A análise das duas derrotas do Brasil em Copas do Mundo antes do primeiro título na Suécia está no livro “A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar”, lançado em 1994, pela Companhia das Letras, que escreveu com Jô Soares e Roberto Muylaert. Os três rememoram os fracassos que levariam á reação do escrete verde-amarelo, já que foram espectadores anônimos da derrota da seleção brasileira em 1950 para o Uruguai, no Maracanã, e quatro anos depois, assistiram à chamada “Batalha de Berna”, na Suíça, quando o Brasil caiu diante da Hungria. 

O bicampeonato mundial é registrado na obra “Drama e Glória dos Bicampeões”, no primeiro livro escrito pelo jornalista, durante a Copa de 1962, no Chile, em parceria com Araújo Neto. Nesta obra, o leitor se emociona com o drama vivido por Pelé, que teve uma lesão na virilha durante o jogo contra Tchecoslováquia, que o tirou do Mundial, além da volta por cima e a conquista da taça na superação de Garrincha, ao lado de Didi, Vavá e Amarildo.

”Na Grande Área”, publicado pela Bloch Editores, contém 41 crônicas antológicas escrita entre 1964 e 1966, com prefácio de Otto Lara Resende. Em 1973, o professor Ivan Cavalcante Proença organizou um trabalho de edição de textos escrtios por Armando chamado “Bola na Rede”. Em 1986, pela Editora Globo, Armando lançou “O Homem e a Bola”, com textos leves onde o autor ajuda a desvendar os mistérios da bola. “Bola é magia, bola é movimento. Brincar com ela é descobrir a harmonia e o equilíbrio do universo”, escreveu o jornalista.

Em 1987, também pela Editora Globo, lançou “Bola de Cristal”, um diário da Copa do México, conquistada pela Argentina com a genialidade de Maradona, ilustrado por Rubens Gerchman. Em “O Voo das Gazelas”, Armando reúne em textos, crônicas e poemas textos comunicativos e com toques de humor.

Armando Nogueira ainda expressou em mais duas obras a sua paixão pelos esportes olímpicos. Em “O Canto dos meus Amores”, publicado pela Dunya Editoria, em 1998 , os textos passeiam por modalidades esportivas tão distintas quanto o vôlei, o automobilismo, a natação, o tênis, a corrida e, como não poderia deixar de ser, o futebol. Pela mesmo editoria, “A Chama que Nao Se Apaga”, o jornalista conta casos curiosos das Olimpíadas.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

O FUTEBOL BRASILEIRO ESTÁ MUDO, PERDEU UMA VOZ QUE JOGAVA AO FALAR


Seleção tricampeã desfila após a conquista

Como homenagem ao jornalista Armando Nogueira, o GLOBOESPORTE.COM republica uma crônica histórica sobre a conquista da Copa do Mundo de 1970, no México, quando a seleção brasileira conqusitou o tricampeonato e a Taça Jules Rimet. O texto está escrito na ortografia antiga.


E as palavras, eu que vivo delas, onde estão? Onde estão as palavras para contar a vocês e a mim mesmo que Tostão está morrendo asfixiado nos braços da multidão em transe? Parece um linchamento: Tostão deitado na grama, cem mãos a saqueá-lo. Levam-lhe a camisa levam-lhe os calções. Sei que é total a alucinação nos quatro cantos do estádio, mas só tenho olhos para a cena insólita: há muito que arrancaram as chuteiras de Tostão. Só falta, agora, alguém tomar-lhe a sunga azul, derradeira peça sobre o corpo de um semi-deus.

Mas, felizmente, a cautela e o sangue-frio vencem sempre: venceram, com o Brasil, o Mundial de 70, e venceram, também, na hora em que o desvario pretendia deixar Tostão completamente nu aos olhos de cem mil espectadores e de setecentos milhões de telespectadores do mundo inteiro.

E lá se vai Tostão, correndo pelo campo afora, coberto de glórias, coberto de lágrimas, atropelado por uma pequena multidão. Essa gente, que está ali por amor, vai acabar sufocando Tostão. Se a polícia não entra em campo para protegê-lo, coitado dele. Coitado, também, de Pelé, pendurado em mil pescoços e com um sombrero imenso, nu da cintura para cima, carregado por todos os lados ao sabor da paixão coletiva.

O campo do Azteca, nesse momento, é um manicômio: mexicanos e brasileiros, com bandeiras enormes, engalfinham-se num estranho esbanjamento de alegria.

Agora, quase não posso ver o campo lá embaixo: chove papel colorido em todo o estádio. Esse estádio que foi feito para uma festa de final: sua arquitetura põe o povo dentro do campo, criando um clima de intimidade que o futebol, aqui, no Azteca, toma emprestado à corrida de touros.
  Agência/Estado 

A festa brasileira no gramado do Azteca

Cantemos, amigos, a fiesta brava, cantemos agora, mesmo em lágrimas, os derradeiros instantes do mais bonito Mundial que meus olhos jamais sonharam ver. Pela correção dos atletas, que jogaram trinta e duas partidas, sem uma só expulsão. Pelo respeito com que cerca de trezentos profissionais de futebol se enfrentaram, músculo a músculo, coração a coração, trocando camisas, trocando consolo, trocando destinos que hão de se encontrar, novamente, em Munique 74.

Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes.

Orgulha-me ver que o futebol, nossa vida, é o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Trinta e duas batalhas, nenhuma baixa. Dezesseis países em luta ardente, durante vinte e um dias — ninguém morreu. Não há bandeiras de luto no mastro dos heróis do futebol.

Por isso, recebam, amanhã, os heróis do Mundial de 70 com a ternura que acolhe em casa os meninos que voltam do pátio, onde brincavam. Perdoem-me o arrebatamento que me faz sonegar-lhes a análise fria do jogo. Mas final é assim mesmo: as táticas cedem vez aos rasgos do coração. Tenho uma vida profissional cheia de finais e, em nenhuma delas, falou-se de estratégias. Final é sublimação, final é pirâmide humana atrás do gol a delirar com a cabeçada de Pelé, com o chute de Gérson e com o gesto bravo de Jairzinho, levando nas pernas a bola do terceiro gol. Final é antes do jogo, depois do jogo — nunca durante o jogo.

Que humanidade, senão a do esporte, seria capaz de construir, sobre a abstração de um gol, a cerimônia a que assisto, neste instante, querendo chorar, querendo gritar? Os campeões mundiais em volta olímpica, a beijar a tacinha, filha adotiva de todos nós, brasileiros? Ternamente, o capitão Carlos Alberto cola o corpinho dela no seu rosto fatigado: conquistou-a para sempre, conquistou-a por ti, adorável peladeiro do Aterro do Flamengo. A tacinha, agora, é tua, amiguinho, que mataste tantas aulas de junho para baixar, em espírito, no Jalisco de Guadalajara.

Sorve nela, amiguinho, a glória de Pelé, que tem a fragrância da nossa infância.

A taça de ouro é eternamente tua, amiguinho.

Até que os deuses do futebol inventem outra.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Futuro de Pet será discutido em duas reuniões nesta segunda-feira

Braz encontra empresário do sérvio à tarde para tratar da renovação de contrato. Dirigentes vão discutir declarações do meia em reunião

 
  Agência/Globo

Petkovic vive turbulência com dirigentes no Fla

Apesar de todos os atingidos terem minimizado as declarações de Petkovic, o assunto não deve passar em branco na tradicional reunião das segundas-feiras entre todos os dirigentes do Flamengo e a presidente Patrícia Amorim. Mas o futuro do sérvio não será discutido apenas entre os mandatários do clube. O vice de futebol, Marcos Braz, se encontrará à tarde com o empresário Josias Cardoso para discutir a renovação de contrato.

Segundo Braz, as críticas de Pet aos dirigentes rubro-negros não mudarão o interesse por um desfecho positivo pela permanência dele na Gávea. Mas o dirigente não sabe qual será a postura dos outros membros do Conselho Diretor rubro-negros no encontro da noite.

- Certamente esse assunto (Petkovic) será conversado nessa reunião de diretoria. Vamos ver – disse Marcos Braz. 

Durante o jogo contra o América, no último domingo, o vice de futebol encontrou-se com Patrícia Amorim, no Engenhão. Eles conversaram rapidamente sobre o assunto e a dirigente também minimizou o problema.

Já entre o grupo de jogadores, houve surpresa com a postura de Petkovic. Mas existe cautela por parte de todos ao comentarem o assunto. Andrade disse que primeiro quer conversar particularmente com o jogador. E Leonardo Moura preferiu nem se envolver. 

- É normal, quando o jogador não tem uma sequência, ficar chateado. Mas ele é um cara que sempre trabalhou e se mostra à disposição do grupo. Sabemos do problema dele fora de campo com a diretoria, mas não temos que nos meter. Ele está nos ajudando dentro de campo e é isso que importa – disse o lateral-direito.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Velório de Armando Nogueira será no Maracanã, diz secretária de Esporte

O velório do ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, será realizado na Tribuna de Honra do Estádio do Maracanã nesta segunda-feira, às 13h. A informação é da secretária Estadual de Esporte do Rio, Márcia Lins.

O jornalista morreu por volta das 7h desta segunda-feira (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, em consequência de um câncer.
O enterro será na terça-feira (30), às 12h,  no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Márcia Lins chegou muito abatida ao apartamento de Armando por volta das 10h, onde estão também Alice Maria, diretora de desenvolvimento e programas especiais, e o jornalista Paulo César Vasconcellos, chefe de redação e comentarista do canal Sportv.


Luto oficial
O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram luto oficial de três dias pela morte “do grande jornalista Armando Nogueira, cujo texto se confunde com os melhores momentos do futebol brasileiro. Um acreano que, na juventude, veio morar no Rio de Janeiro e se transformou em um dos ícones do jornalismo do país”.
 
Biografia
Torcedor apaixonado pelo Botafogo e, em especial, pelo futebol, participou da cobertura de diversas Copas do Mundo a partir de 1954 e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980.

Armando nasceu no Acre e veio para o Rio de Janeiro com 17 anos, onde se formou em direito. A carreira de jornalista começou em 1950, no jornal Diário Carioca, onde foi repórter, redator e colunista. Ao longo dos 60 anos de carreira, passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil. 

O jornalista Armando Nogueira comandava programa no SporTV (Foto: SporTV/Reprodução)

O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes, e atualmente estava no SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.

Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" (2004) e é autor de dez livros, todos sobre esporte: Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto); Na Grande Área; Bola na Rede; O Homem e a Bola; Bola de Cristal; O Vôo das Gazelas; A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Canto dos Meus Amores; A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

domingo, 28 de março de 2010

Palmeiras cede empate ao Mirassol e aumenta a agonia no Palestra Itália

Os poucos torcedores presentes ao Palestra Itália na tarde deste sábado foram da alegria à decepção em 90 minutos. Depois de sair na frente com um gol de pênalti, marcado por Robert, logo no início da partida, o Palmeiras demonstrou mais uma vez fragilidade dentro de casa e cedeu o empate por 1 a 1 ao Mirassol, time que briga para não entrar na zona de rebaixamento, na abertura da 17ª rodada do Campeonato Paulista .

A alegria dos 3.764 pagantes durou enquanto Cleiton Xavier, maestro da equipe, estava em campo. Com toques precisos, ele coordenava o meio-campo alviverde. Na frente, o garoto Vinícius, de 16 anos, aparecia como a esperança de gols. Mas com a saída do camisa 10, machucado, o time caiu de produção. E a torcida se irritou quando Antônio Carlos Zago trocou o atacante adolescente pelo zagueiro Maurício Ramos, no segundo tempo.

O treinador foi impiedosamente chamado de burro. Fora do Palestra, faixas colocadas pela principal torcida organizada do time pediam a saída do vice de futebol Gilberto Cipullo e chamavam o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e os jogadores de "pipoqueiros".

Agência/Estado

Robert abre o placar, mas o Mirassol consegue empate no Palestra

Com o resultado, o time fica praticamente sem chances de classificação para a semifinal do Paulista. Faltando duas rodadas para o fim da primeira fase, o Palmeiras precisa de vitórias sobre Oeste e Paulista para chegar aos 30 pontos e depende de tropeços dos seus rivais para conquistar no máximo a quarta posição - hoje está na décima posição, com 24 pontos. No entanto, o Verdão pode ser matematicamente eliminado neste domingo, caso haja vencedor no confronto entre Portuguesa e Grêmio Prudente (ambos com 28 pontos, indo a 31 em caso de vitória).

Antes do confronto contra o Oeste, o time tem o Paysandu pela frente, na Copa do Brasil - quarta-feira, no Palestra Itália. Depois de vencer o jogo em Belém por 2 a 1, a equipe pode até perder por um gol que avança às oitavas de final do torneio.

O Mirassol segue na 16ª posição, com 16 pontos. Na próxima rodada, o time interiorano enfrenta a Ponte Preta.
 

Palmeiras sai na frente, mas perde "maestro"

Com as arquibancadas quase vazias, o Palmeiras pareceu ter entrado mais tranquilo para o confronto com o Mirassol. E logo no início, conseguiu abrir o placar. Thiago derrubou Cleiton Xavier na área aos cinco minutos. Robert cobrou rasteiro no canto direito e fez 1 a 0 – foi o seu décimo gol no Campeonato Paulista.

Sem Diego Souza, suspenso, Cleiton Xavier era o destaque da partida, com passes precisos para os companheiros. Com facilidade, deixava Robert e o jovem Vinícius em condições de ampliar a vantagem.

Mas uma fisgada na parte posterior da coxa esquerda foi o fim da linha para Cleiton Xavier. Quando viu seu principal jogador caído no chão, Antônio Carlos, desolado, ameaçou dar um soco na proteção do banco de reservas, mas acabou interrompendo o movimento.

Depois da saída do meia, aos 30 minutos, para a entrada do volante Anselmo, o Palmeiras perdeu o amplo domínio das ações. O Alviverde passou a ver o Mirassol tocar mais a bola e até ameaçar, como no chute cruzado de Bosco, aos 43 minutos, defendido por Marcos.

Alternando jogadas pelos dois lados do campo, o garoto Vinícius conseguiu dar alguns chutes, mas parou nas mãos de Renê. Mesmo assim, ganhou aplausos.

- No começo me deu um friozinho na barriga, mas logo passou. Os companheiros me ajudaram muito e só tenho de agradecê-los por me darem moral – disse Vinícius, que fez seu segundo jogo pelo time – o primeiro como titular.

Mirassol empata e agrava crise palmeirense

Para tentar empatar a partida, o Mirassol voltou modificado e passou a ter mais posse de bola. O técnico Pintado, que voltou a dirigir o time 13 dias depois de ter pedido demissão, reforçou o ataque com a entrada do experiente Evando. Em boa jogada do atacante que já teve passagem apagada pelo Santos, o Mirassol assustou a defesa palmeirense, aos 13 minutos. Ele chutou cruzado, mas Marcos conseguiu espalmar para fora.

A esta altura, o Palmeiras se mostrava perdido, sem conseguir encaixar uma saída de bola. Vivia de contragolpes com ligação direta da defesa para o ataque. O meio sem Cleiton Xavier era acéfalo, sem criatividade.

Do outro lado, o Mirassol aproveitou um erro de passe de Vinícius para incomodar novamente. Na bola roubada e cruzada por Dininho, Evando teve tempo de girar e arriscar contra a meta alviverde. Para a sorte de Marcos, a bola passou à sua esquerda, para fora.

Vendo a defesa exposta, Zago sacou Vinícius para a entrada de Maurício Ramos. O garoto ganhou aplausos, mas o treinador ouviu os primeiros gritos de burro, que ganhariam força aos 26 minutos.

Em falha geral da defesa alviverde, Evando conseguiu cruzar para a pequena área, e Pablo Escobar escorou para o fundo da rede. Aplausos irônicos e gritos de burro para Zago, que aumentaram com a saída de Robert, único atacante de ofício, para a entrada de Joãozinho.

No último lance, em cobrança de falta pelo lado direito, os torcedores, desesperados, pediram Marcos na área, que não atendeu aos apelos e viu, de longe, o time perder a chance de desempatar a partida e acalmar os ânimos nas arquibancadas.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Garantido nas semi, Peixe recebe Monte Azul para se manter no topo. Neymar volta

Robinho, por outro lado, segue desfalcando a equipe alvinegra. Na zona de rebaixamento, caçula tem missão bastante complicada
Ricardo Saibun/Site Oficial do Santos

Após cumprir dois jogos de suspensão, Neymar está escalado para jogar neste domingo

O objetivo agora é garantir a ponta do Paulistão. É com esse pensamento que os jogadores do Santos entram em campo neste domingo para enfrentar o Monte Azul, às 18h30m (horário de Brasília), na Vila Belmiro. Faltam três rodadas para o fim da fase de classificação e a equipe alvinegra já tem assegurada sua vaga às semifinais. No entanto, o técnico Dorival Júnior e seus comandados ainda não estão satisfeitos. Querem manter a liderança para ter vantagem de jogar por dois empates no mata-mata.

Já a situação do Monte Azul é delicada. Caçula do estadual, a equipe tem apenas 12 pontos. Está na zona de rebaixamento e precisa urgentemente de uma vitória para seguir respirando. O problema da equipe do interior é que vai enfrentar o melhor time da competição, que terá a volta de Neymar, que cumpriu dois jogos de suspensão pela expulsão contra o Palmeiras, e jogará em casa. O Peixe tem 38 pontos.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DO PAULISTÃO 

O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances do jogo em Tempo Real, com vídeos exclusivos. O SporTV transmite ao vivo.

Neymar volta, e Dorival tem dúvidas

Dorival Júnior segue sem poder contar com o atacante Robinho, que tem uma lesão muscular na coxa esquerda. O zagueiro Edu Dracena, suspenso, também não poderá jogar. Bruno Rodrigo, que seria o reserva imediato de Dracena, está machucado. Dessa forma, Bruno Aguiar entra na equipe para formar dupla com Durval lá atrás.

Por outro lado, o Peixe terá os retornos do atacante Neymar, do meia Wesley, que estavam suspensos, além do lateral-esquerdo Léo, recuperado de lesão. Wesley deverá voltar atuando na lateral-direita. Assim, George Lucas, que está retornando aos poucos, pois passou 14 rodadas afastado por causa de lesão no joelho, fica no banco. Na lateral-esquerda, uma dúvida: embora esteja relacionado, Léo não participou de coletivos durante a semana e, por isso, o treinador deverá manter Pará.

Dorival também está em dúvida com relação ao esquema que irá utilizar contra o Monte Azul. Ele vai decidir momentos antes do jogo se mantém o time no 4-4-2, com Mancha e Arouca protegendo a zaga, ou se volta a utilizar três atacantes. Nesse caso, Madson seria escalado como titular, no lugar de Mancha.

Monte Azul com cinco desfalques
A situação da equipe do interior já é difícil. Para piorar, o técnico Márcio Bittencourt não poderá contar com cinco atletas, todos machucados: goleiro Tiago Cardoso, e os atacantes Marcelinho, Edmilson, Marcelo Mariano e Lopes.

O treinador deverá manter a mesma formação utilizada na derrota por 3 a 0 para o Santo André, no ABC Paulista, na última quinta-feira.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Timão bate Tricolor por 4 a 3 com gol no fim e joga crise para o Morumbi


Nada como um clássico para acabar com qualquer indício de crise. No Corinthians, melhor ainda se a partida for contra o São Paulo, seu maior rival nos últimos anos. Em um grande duelo neste domingo, no Pacaembu, o Timão superou o momento instável depois de duas derrotas, fez 4 a 3 sobre o Tricolor pelo Campeonato Paulista e mandou toda a pressão para o outro lado. O Alvinegro vencia por 3 a 1, com erro de Rogério Ceni, mas em duas falhas do goleiro Rafael Santos permitiu que o rival empatasse no segundo tempo, com Rodrigo Souto. Aos 46 do segundo tempo, Alex Silva fez contra ao tentar cortar chute de Iarley, deixando a Fiel em festa.

O resultado embola o Estadual para as duas últimas rodadas da primeira fase. O São Paulo, agora com dois resultados negativos consecutivos, permanece em terceiro, com 30 pontos. Entretanto, é seguido de perto pelo Corinthians, quarto, com 29.

Porém, o time do Parque São Jorge deixa o G-4 ao fim da rodada. Portuguesa e Grêmio Prudente, com 28, se enfrentam no Canindé, às 19h30m. Se houver empate, o Corinthians cai para quinto lugar, atrás da Lusa no saldo de gols e à frente do Prudente no mesmo quesito. Se houver vencedor, porém, esse time ficará abaixo apenas de Santos e Santo André, respectivamente líder e vice-líder com 38 e 36 pontos, já classificados. Esse resultado também deixará o São Paulo em quarto lugar.

A partida deste domingo aumentou o tabu a favor do Timão sobre o Tricolor. Agora, são cinco vitórias e quatro empates. O último triunfo são-paulino aconteceu em 11 de fevereiro de 2007, por 3 a 1, também pelo Estadual. Outro dado desfavorável ao time do Morumbi é ter sido derrotado nos três clássicos disputados este ano, o que aumenta a pressão sobre Ricardo Gomes.

Os clubes agora voltam a pensar na Taça Libertadores, competição que possuem ótimas chances de avançarem às oitavas de final. O Corinthians enfrenta o Cerro Porteño-PAR, quinta-feira, às 19h15m, no Pacaembu. Pelo Paulistão, ainda tem pela frente Ituano (fora) e Rio Claro (casa). O São Paulo viaja ao México para pegar o Monterrey, quarta-feira, às 21h50m. No Estadual, joga contra Botafogo (casa) e Santo André (fora).

Com o apoio da torcida, o Corinthians impôs uma pressão logo no início da partida, mas teve problemas na armação das jogadas. Danilo foi bem marcado por Rodrigo Souto, enquanto Elias, mesmo com mais liberdade para chegar ao ataque pela escalação de Ralf e Jucilei, não apareceu tanto.

Apostando no toque de bola, o São Paulo não demorou a criar uma boa oportunidade, aos cinco minutos. Dagoberto tocou para Hernanes pelo lado esquerdo da intermediária. O meia passou por um marcador, invadiu a área sem marcação e chutou mascado. Rafael Santos fez tranquila defesa.

O Corinthians só melhorou quando deu mais velocidade ao setor ofensivo. Dentinho abriu pelo lado esquerdo campo e fez a defesa tricolor dar espaços pelo meio. Aos 15, só um milagre evitou o gol alvinegro. Após cobrança de escanteio, Paulo André cabeceou e acertou a trave. No rebote, Dentinho soltou uma bomba e carimbou o outro poste. Na volta da bola, dentro da área, William chutou rasteiro e Rogério Ceni defendeu espetacularmente no canto direito.

A jogada contagiou a Fiel e mandou o Timão definitivamente para cima. Três minutos mais tarde, na primeira vez que se aproximou da área, Elias fez 1 a 0. A zaga do São Paulo saiu jogando errado, Dentinho ficou com a bola e tocou para Ronaldo deixar o volante livre na entrada da área, Com categoria, ele bateu no canto esquerdo e promoveu a primeira explosão de alegria da Fiel.

O São Paulo tentou responder em seguida, mas abusou das jogadas pelo meio, local bastante congestionado pelo recuo do Corinthians. Quando voltou a atacar, o Timão fez o segundo, aos 33. Dentinho ganhou de Jean pela esquerda e cruzou. Alex Silva afastou, Elias pegou o rebote e tocou para Danilo chutar com efeito, no canto esquerdo, sem chances para Rogério Ceni.

Na saída de bola, o clima esquentou. Washington dividiu com Dentinho no meio-de-campo, tentou segurá-lo e o atacante alvinegro o acertou. Ambos caíram no gramado e o árbitro Wilson Luiz Seneme expulsou os dois. Aos 42, o São Paulo descontou. Dagoberto fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para Jean desviar .

No segundo tempo, Ricardo Gomes quis dar mais força ao ataque com a entrada de Fernandinho no lugar de Léo Lima. Mano Menezes optou pela cautela. O treinador manteve apenas Ronaldo na frente. E não precisou de mais para ampliar. Aos sete, Roberto Carlos cobrou falta de longa distância com muita violência, Rogério Ceni não conseguiu segurar a bola molhada e aceitou.

A desvantagem ainda maior foi como um balde de água fria sobre o São Paulo. Apenas Fernandinho arriscou alguma jogada, como aos 17, quando entrou driblando pela área, mas chutou para fora. O Corinthians poderia ter feito o quarto, aos 22. Danilo aproveitou bobeada de Jean e chutou colocado para Ceni se esticar todo e espalmar pela linha de fundo.

Mas se não vinha bem, o São Paulo contou com uma importante ajuda para chegar ao empate: Rafael Santos. O goleiro falhou duas vezes, a primeira aos 29. Hernanes cobrou com força falta próxima da área, o goleiro não segurou e Rodrigo Souto empurrou para as redes. Aos 37, Cicinho cobrou falta para a área, Rafael Santos saiu mal do gol e Rodrigo Souto cabeceou.

Foi hora de a torcida tricolor comemorar, diante da incredulidade da Fiel. Mas a torcida corintiana ainda iria festejar. Aos 46 minutos, Iarley, que entrara no lugar de Ronaldo, fez jogada pela esquerda e chutou. Alex Silva tentou cortar de cabeça e errou feio, acertando o canto direito de Ceni. Aí era oficial: a festa era mesmo corintiana.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Cuca admite que Flu não foi bem, mas afirma: ‘Placar não reflete o que foi o jogo’

Treinador diz que clássico foi disputado em ritmo lento e lamenta chances desperdiças e expulsão de Leandro Euzébio no segundo tempo


Cuca não percebeu que Leandro Euzébio havia recebido cartão amarelo

No lugar do desespero, a consciência de ter realizado um jogo ruim. Cuca não perdeu a calma na entrevista coletiva após a derrota por 3 a 0 para o Vasco, neste domingo, no Maracanã, pela sétima rodada da Taça Rio. Na análise do jogo, o treinador considerou o clássico fraco tecnicamente e com um placar exagerado.

- Não achei que foi um grande jogo, não. Foi lento. Não encontramos em momento algum a velocidade que costumamos ter. O primeiro tempo foi amarrado, com poucas chances. Depois do intervalo, o Vasco fez um gol de bola parada em erro nosso e a partida seguiu igual. Abrimos o time, mas perdemos o Leandro Euzébio. Tivemos uma chance com o Alan e não fizemos. Em um lance que fizemos a linha de impedimento, o Dodô fez 2 a 0, e depois sofremos o terceiro. O placar não reflete o que foi o jogo, mas não fizemos uma boa partida.

O comandante tricolor admitiu que não foi feliz na substituição de Cássio por Fábio Neves quando a partida ainda estava 1 a 0.

- Eu errei quando tirei o Cássio. Confesso que não fiquei atento aos detalhes e isso é importante em um jogo. O Leandro Euzébio recebeu o cartão e eu não percebi, devia estar conversando com alguém. Assumo essa culpa.

Com duas derrotas, um empate e apenas uma vitória, o Tricolor tem desempenho preocupante em clássicos em 2010. Nada, no entanto, que diminua a confiança de Cuca, que não tira o titulo estadual da cabeça.

- Fomos mal contra o Vasco e em meio tempo do Flamengo. Podem ter certeza que esse time que está aí é o que vai buscar a Taça Rio e vai para a final. Esse grupo precisa de um título, e não vamos abrir mão disso.

Com 16 pontos, o Fluminense é o vice-líder do Grupo A da Taça Rio e precisa de apenas um empate contra o Macaé, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela última rodada da fase de classificação, para se garantir na semifinal.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima
Em mais um jogo com o Engenhão vazio (3.218 pagantes), o Flamengo sofreu muito para derrotar o América de virada por 2 a 1, neste domingo, e garantir vaga nas semifinais da Taça Rio. Adriano e Vagner Love marcaram os gols do Fla e dominam a artilharia do Campeonato Carioca - Love lidera com 12, seguido pelo Imperador, com 11.  Jones balançou a rede para os rubros .  

Andrade não poupou nenhum jogador pelo fato de o Flamengo não ter jogos durante esta semana. Apenas o zagueiro Álvaro não jogou por conta de uma torção no joelho esquerdo. Já o América segue a triste sina de jogar bem contra times grandes, sem, no entanto, vencer. Antes do Fla, foi derrotado por Botafogo e Vasco e empatou com o Fluminense.

O Flamengo volta a campo contra o Friburguense, no próximo fim de semana. Willians, que recebeu o terceiro cartão amarelo, não joga. Já o América, que ainda sonha com a classificação, pega o Volta Redonda no estádio Giulite Coutinho. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro ainda não definiu a data e o horário dos jogos da última rodada da Taça Rio. 

Maurício Val/VIPCOMM

Adriano não comemora o gol de pênalti ao lado de Leonardo Moura

Ritmo alucinante no primeiro tempo

O América começou o jogo a todo vapor e assustou logo no primeiro lance. Assim que a bola rolou, o time avançou pela esquerda com Jones. No cruzamento, Paty foi travado por David. Na sequência da jogada, houve falta na intermediária, cobrada com perigo por Luciano Almeida.

O Flamengo respondeu com Leonardo Moura em uma arrancada espetacular. O lateral pegou a bola quase em sua área e seguiu até a do adversário pelo meio, passando por alguns marcadores e tocando para Vagner Love. Mas o atacante não conseguiu concluir a jogada. Dominando as ações iniciais, o América abriu o placar logo aos quatro minutos. Gerson avançou pela esquerda e deu bom passe para Jones bater forte, sem defesa para Bruno: 1 a 0.

Aos sete, Vinícius Pacheco teve boa chance para empatar. Na cara do gol após passe de Adriano, ele chutou no canto direito para excelente defesa Roberto. O Flamengo, porém, sofria com a inoperância do meio-campo e ainda deixava a defesa completamente vulnerável aos contra-ataques do América

Num deles, aos 17, Paty driblou Fabrício e tocou fraco por baixo de Bruno, mas a bola perdeu força, e David conseguiu evitar o gol. No contra-ataque rubro-negro, Adriano deixou Love na cara do gol, mas o goleiro defendeu a finalização.

Cinco minutos depois o Flamengo conseguiu chegar ao empate. Vagner Love fez boa jogada e foi agarrado dentro da área por Claudemir: pênalti. Adriano bateu no lado esquerdo de Roberto, que pulou para o direito: 1 a 1. Como nos últimos jogos, o Imperador não comemorou o gol.

Apesar de sofrer o empate, o América seguia melhor. Aos 35, Jones arriscou de longe, mas a bola acertou a rede pelo lado de fora. Em seguida, Léo Moura foi desarmado, e o América partiu para o contra-ataque com Adriano. O atacante driblou Fabrício e Juan, chutou, mas a bola desviou em David e passou por cima do travessão.

Aos 40, nova bobeira da zaga rubro-negra. De longe, o lateral-esquerdo Gerson cruzou na medida para Jones. Livre de marcação, o atacante caprichou tanto na cabeçada que a bola foi para fora, rente ao poste direito.

Completamente perdido, o Flamengo só assustou novamente aos 43. David foi à linha de fundo pelo lado direito e cruzou no segundo pau. Sozinho, Vinícius Pacheco dominou, mas errou o chute. No minuto seguinte, Gerson arriscou de fora da área e quase desempatou. Bruno pulou, não achou nada, e a bola passou rente à sua trave esquerda.

Expulsão no América e vaias para Vinícius Pacheco

No segundo tempo, Andrade voltou com Maldonado no lugar de Kleberson que, mais uma vez, teve atuação sofrível. Com a mudança, Willians ganhou mais liberdade para explorar o corredor direito de ataque. Mas nada dava certo, e o América continuava mandando no jogo. Logo aos dois minutos, Paty ficou de frente para Bruno, que se antecipou e evitou o gol.

Aos cinco, Juan, que também errava quase tudo o que tentava, acertou um raro passe para Vagner Love. Dentro da área, o atacante driblou dois zagueiros e chutou rasteiro.  Roberto mergulhou e mandou para escanteio. Aos 12, Vinícius Pacheco perdeu bola no meio e proporcionou contra-ataque perigoso. Por pouco, o América não ampliou. Foi aí que a torcida passou a pedir a entrada de Petkovic.

Aos 14, Jones facilitou a vida para o Flamengo. Em disputa de bola com Willians, o camisa 10 do América deixou as travas na canela do adversário e recebeu o cartão vermelho. Quatro minutos depois, Andrade resolveu colocar o time mais para a frente: tirou Toró, que já tinha cartão amarelo, e atendeu ao pedido da torcida, com Petkovic.

O jogo ficou mais aberto para as duas equipes. O América passou a explorar os contra-ataques e as brechas do sistema defensivo rubro-negro. Aos 27, Andrade fez sua última substituição: tirou Vinícius Pacheco, que foi vaiado por boa parte da torcida, para a entrada de Ramon.

O Flamengo, mesmo com um jogador a mais, não conseguia penetrar na bem armada defesa do América. Aos 35, Willians perdeu a bola no meio e ficou pedindo falta que o árbitro não marcou. Na continuação da jogada, Bruno Reis chutou no canto esquerdo e obrigou Bruno a fazer ótima defesa. Após o lance, Fabrício e Love chegaram a discutir rapidamente.

Mas no minuto seguinte, o Artilheiro do Amor decidiu o jogo. Léo Moura cruzou da direita, e Vagner Love cabeceou entre os zagueiros: 2 a 1. Aos 39, Gerson foi expulso após falta em Leonardo Moura. Com dois a mais em campo, o Fla quase marcou o terceiro. Vagner Love tentou encontrar Adriano na grande área, mas exagerou na força do passe. 

Nos acréscimos, a última chance do América. Fabrício cometeu falta boba na entrada da área. Na cobrança, Claudemir errou o alvo, mandando para fora, e desperdiçou a oportunidade de garantir um ponto que poderia ajudar muito o time rubro na definição da vaga para as semifinais.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Vasco joga a vida, aplica goleada no Fluminense e renasce na Taça Rio




No duelo da paz contra a calmaria, prevaleceu a motivação de quem não tinha outra alternativa que não fosse a vitória. Visivelmente muito mais motivado que o Fluminense, o Vasco ressurgiu na Taça Rio com uma vitória por 3 a 0 sobre o rival neste domingo, no Maracanã, pela sétima rodada da competição. Após um primeiro tempo monótono, o time da Colina atropelou na etapa final e triunfou com gols de Thiago Martinelli, Dodô e Fagner. 

Com o resultado, a equipe de São Januário volta a figurar entre os classificados para a semifinal do segundo turno. Os vascaínos têm 12 pontos e ocupam a segunda colocação do Grupo B, um ponto na frente do América, derrotado pelo Flamengo. Apesar da derrota, o Fluminense segue com a classificação bem encaminhada: tem 16 pontos e está em segundo no Grupo A, seguido pelo Bangu, que tem 13 e cinco gols a menos de saldo.


Já classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil, o time de Cuca tem a semana livre para treinos e encerra a fase de classificação da Taça Rio no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Macaé, no Maracanã. O Vasco, por outro lado, joga a vida na competição nacional quarta-feira, contra o Asa-AL, às 21h50m, em São Januário. Pelo Carioca, o compromisso será também no domingo, às 16h, diante do Duque de Caxias, no Marrentão.

Sem poder perder, o Vasco se preocupava em não sair atrás do placar e só se arriscava no ataque na boa. Sem precisar vencer, o Fluminense trabalhava a bola no campo de ataque, mas não era incisivo. Com as duas equipes em ritmo lento, a primeira etapa não podia terminar de maneira diferente: 0 a 0. 

Bem postado na defesa, o Vasco deixava o Tricolor trocar passes nos minutos iniciais, enquanto esperava espaços para se aventurar no campo ofensivo. Quando isso aconteceu, apelou para sua principal arma: Philippe Coutinho. Aos oito, o jovem de 17 anos aplicou lindo drible em Cássio e foi derrubado na entrada da área. Nilton desperdiçou a cobrança de falta. 

Com a área cruzmaltina congestionada, o Flu passou a arriscar passes longos. Estratégia que não deu certo. Aos 13, problema para o Vasco: Jéferson sentiu lesão na coxa e foi substituído por Carlos Alberto. A entrada do meia fez o time de Gaúcho apostar ainda mais no contra-ataque. E foi desta forma que quase abriu o placar, aos 17. 

Philippe Coutinho partiu em velocidade, gingou para esquerda, para a direita, deixou Leandro Euzébio tonto e foi desarmado por Everton. O volante tricolor, no entanto, roubou a bola com um chutão para o campo de defesa e quase marcou contra. Rafael salvou. 

Quatro minutos depois, mais uma boa oportunidade em jogada individual: Carlos Alberto balançou o corpo na entrada da área e chutou com perigo. A essa altura, o Flu seguia com maior posse de bola, mas pecava na falta de criatividade. Conca estava apagado, e Diguinho resolveu tentar armar o jogo. 

Na primeira jogada, o volante foi feliz. Aos 27, ele puxou para o meio e deixou Alan em boa condição dentro da área. O atacante chutou cruzado e tirou tinta da trave direita de Fernando Prass. O lance animou o Tricolor, que assuntou também aos 30, em chute prensado de Mariano que passou por cima do travessão. 

Jogador mais objetivo em campo, Coutinho tentava chamar a responsabilidade e forçou boa defesa de Rafael em conclusão de longe, aos 32. Apesar da disposição de alguns jogadores, no entanto, a partida seguia em ritmo lento e os tiros de longa distância deram a tona de um primeiro tempo morno, que em nada justificou o valor decisivo do clássico.


Com mais vontade, Vasco vence e respira

Sem outra opção, o Vasco voltou para o segundo tempo totalmente ofensivo. Com Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Elton livres para atacar, a equipe da Colina aplicou uma verdadeira blitz até conseguir abrir o placar. A primeira boa chance foi de Elton, aos cinco, com bonito voleio da entrada da área. Depois, Coutinho e Souza também arriscaram, mas foi um zagueiro o responsável pelo gol do alívio. 

Aos 13 minutos, Philippe Coutinho cobrou escanteio e Thiago Martinelli desviou na pequena área para vencer Rafael. A torcida do Vasco ainda comemorava quando Fernando Prass foi obrigado a trabalhar. Alan emendou bonito da entrada da área e parou no goleiro vascaíno. 

Mesmo em desvantagem, o Fluminense não acelerava as jogadas e demonstrava passividade. Aos 25, Coutinho, o abusado, mais uma vez assustou. Ele driblou dois e bateu forte por cima do gol. Dois minutos depois, um raro lance de perigo do time de Cuca. Conca soltou uma bomba em cobrança de falta e Titi colocou a cabeça para interceptar a jogada. 

Aos 32, Rafael Carioca tentou ajudar a acordar o Tricolor. O volante tentou recuar para o goleiro e deu um presente para Alan, que chutou sem direção. O esboço de reação, entretanto, teve um ponto final aos 35, quando Leandro Euzébio fez falta em Dodô, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. 

Entregue, o Fluminense só esperou a partida acabar e viu ainda o próprio Dodô ampliar, aos 42. O artilheiro dos gols bonitos recebeu passe em velocidade, deixou Gum, único zagueiro tricolor em campo, para trás, tocou por baixo de Rafael e devolveu o poder ao Vasco, que segue vivo na Taça Rio. Fagner, aos 45, ainda deu o golpe final, em chute cruzado após passe de Carlos Alberto.


Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

TUBARÃO COM UMA NOVA CARA E UMA NOVA PEGADA

Com um público médio, pouco mais de 1.000 torcedores e a maioria para ver um  dos grandes ídolos do time rubro negro do Rio de Janeiro, pois depois de onze dias no futebol piauiense fazia sua estréia no litoral o meia atacante Nélio, isso mesmo o Nélio do Flamengo, contratado por uma temporada o jogador chegou em Parnaíba com toda atenção voltada pra si. 

Todos os olhares era em sua direção, até mesmo quando sofreu uma falta, onde machucou os dedos da mão direita o atendimento foi tão imediato que a ambulância entrou literalmente em campo. Como sempre seu bom futebol ficou comprovado, com uma experiência de seleção, jogo seu feijão com arroz, trocou passes curtos, sua  especialidade, mas quem brilhou mesmo foi o meia azulino Idelvandro, fazendo belas jogadas, dribles rápidos, os mesmo de sua época de futsal, fez uma linda jogada que deixou a zaga da raposa da capital toda no chão, um olhando para o outro, jogada essa que gerou o segundo gol do Tubarão.

Mas a estrela que brilhou realmente foi a do atacante Da Silva, jogador de um bom condicionamento físico e uma presença em boa parte do campo de ataque, correu, brigou, apanho dentro de campo e  ainda fez os dois gols que deram a vitória ao Tubarão. Contando com os resultados da rodada o tubarão espera se classificar para o quadrangular final e conta com o apoio de sua torcida mais uma vez, seu próximo jogo é na quarta-feira contra o Corisabá.

Mais uma vez as torcidas organizadas compareceram e ficaram contentes com o empenho dos jogadores do começo ao fim do jogo, todos se desdobraram, atacando com a bola no pé e marcando quando não estavam de posse da bola, segundo os presentes e a imprensa local, parecia um outro time.

Nélio fazendo sua estréia no litoral contra o Tubarão

A torcida compareceu ao chamado do Tubarão

O apoio foi total aos jogadores

Aquecimento do Tubarão e os últimos ajustes antes da partida

Torcedores uniformizados da Tubarão da Cohab

Marivaldo Lima

sexta-feira, 19 de março de 2010

Gols colocam Alan em vantagem na disputa para herdar a vaga de Maicon

Cuca diz que atacante tem a confiança da comissão técnica e volta a afirmar que Wellington Silva melhorará aos poucos
Cahê Mota Rio de Janeiro
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Alan sai na frente para herdar a vaga deixada por Maicon, negociado para a Rússia

Elogios para um, paciência para outro. Na gangorra ocupada pelos jovens do Tricolor, Alan é quem está em alta, enquanto Wellington Silva começa a descer na ordem de preferências. Com dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o Uberaba, quarta-feira, no Uberabão, pela segunda fase da Copa do Brasil, o atacante se tornou favorito para herdar a vaga deixada por Maicon, negociado com o futebol russo.

Após desperdiçar a cobrança de pênalti que eliminou o Fluminense da Taça GB, na semifinal, contra o Vasco, Alan viveu momentos de “depressão”. Em alguns jogos, sequer entrou no decorrer da partida. Mas soube esperar e convencer Cuca de que merecia outra oportunidade.

- É um jogador que confiamos. Todos passam por um momento ruim ou outro, mas os treinamentos dele já diziam que merecia a oportunidade. Ele treinou bem e fez no jogo o que fez durante a semana – disse o treinador.

O discurso referente a Wellington Silva já é diferente. Há três partidas sem jogar bem, o jovem de 17 anos segue sendo preservado e sua entrada na equipe voltará a ser gradativa.

- É outra batida o profissional. Quando ele fez um jogo bom, recebeu todos os holofotes e a marcação passou a ser acirrada, dura. O jogo contra o Uberaba foi forte, pegado, é complicado sobressair a parte técnica. Pouco a pouco ele vai colocar toda qualidade para fora.

Para a partida contra o Resende, domingo, às 17h (de Brasília), em Volta Redonda, pela quinta rodada da Taça Rio, no entanto, Alan e Wellington Silva podem até jogar juntos. Com Fred vetado por conta de uma lesão na coxa direita, o jovem disputa a titularidade com André Lima.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Adriano pode ter a carteira de habilitação suspensa

Detran-RJ abre processo para suspender o direito de dirigir do atacante por até um ano

Adriano ao volante, comportamento nada exemplar

Além de fugir da marcação dos zagueiros nos gramados, Adriano terá que escapar da marcação cerrada do Detran-RJ. O atacante corre o risco de perder o direito de conduzir automóveis por até um ano.

O orgão anunciou a abertura de um processo para suspender a carteira de habilitação do jogador, que ultrapassa em mais de quatro vezes o número de pontos permitidos, segundo informações do "Jornal O Dia". A maioria das infrações (68,5%) que constam na carteira de motorista do jogador são por excesso de velocidade.

Adriano tem direito a algumas tentativas para não perder a habilitação. De acordo com a assessoria de imprensa do Detran-RJ, quando alguém ultrapassa os 20 pontos, esta pessoa recebe uma notificação de suspensão da carteira, e tem até 15 dias para apresentar uma defesa prévia. Se ele ultrapassar o prazo, ou o caso for indeferido, o motorista recebe uma nova notificação de penalidade para recorrer em até 30 dias na Jari (Juntas Administrativas de Recursos de Infrações). Depois ainda há uma segunda instância a recorrer no Cetran (Conselho Estadual de Trânsito).

Esgotadas todas as possibilidades, o motorista deve entregar a carteira ao Detran-RJ e pode pegar uma suspensão de até um ano. Somente depois de fazer um curso de reciclagem de 30 horas e de um novo exame teórico, o condutor pode reaver sua habilitação.

Se a suspensão da carteira tiver sido confirmada, após todos os processos indeferidos, e o motorista não entregar a carteira, ele não poderá renová-la. E se for flagrado conduzindo estará sujeito a uma multa de R$ 957, além de um processo de cassação do direito de dirigir por até dois anos.

Fonte:Globo.com
Marivaldo Lima

Ingressos à venda para Botafogo x Fla

Os ingressos para o clássico entre Botafogo e Flamengo, que acontece neste domingo, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão, começam a ser vendidos nesta
terça-feira. O jogo é válido pela quinta rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. As entradas custarão entre R$ 15,00 e R$ 70,00. As bilheterias ficam abertas das 10h às 17h. No dia da partida não haverá venda de ingressos no local do jogo. A medida é válida apenas para os
clássicos realizados no estádio. Os demais postos de venda funcionarão normalmente, inclusive no dia da partida.

Esta será a segunda vez que as duas equipes se enfrentam no Engenhão. O primeiro duelo, no dia 25 de outubro, vencido pelo Fla por 1 a 0, foi marcado por muita confusão do lado de fora do estádio, com confrontos entre torcedores e a Polícia Militar.

Da mesma maneira que foi feita no ano passado, torcedores do Botafogo entrarão pelos setores Norte e Oeste; os do Flamengo, pelos Sul e Leste. O torcedor terá acesso apenas ao setor para o qual comprar seu ingresso. Nenhum estacionamento dará acesso direto às arquibancadas. 

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Impasse continua, e jogos da Libertadores e C. do Brasil podem ir para o Engenhão

Clubes pressionam a BWA - que confecciona e vende os ingressos - para melhorar o serviço no Maracanã. Novas reuniões marcadas para esta sexta

Roberto Dinamite, presidente do Vasco, ao lado de Rubens Lopes, presidente da Ferj

A reunião desta quinta-feira entre representantes do Fluminense e do Vasco com Rubens Lopes, presidente da Ferj, terminou sem solução para o impasse entre a Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio e a BWA, empresa responsável pela emissão e venda de bilhetes e pelo controle de acesso ao Maracanã. Outro encontro está marcado para esta sexta-feira, mas a Ferj já enviou uma notificação para a CBF  solicitando que as próximas partidas válidas pela Copa do Brasil e pela Libertadores sejam retiradas do estádio. Os jogos seriam marcados para o Engenhão.

Representantes de Vasco e Fluminense, que têm contrato com a BWA, participaram da reunião desta quinta-feira. O Flamengo, que também tem acordo com a empresa, não enviou ninguém.

Nesta sexta, será proposto à BWA um Termo de Ajustamento de Conduta para melhorias no serviço. O acordo ainda precisa ser aprovado pela Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.

- Chegamos a algumas diretrizes para que possamos terminar o Campeonato Carioca com jogos no Maracanã. Vamos propor um termo de ajustamento de obrigações para a empresa, sob pena de sérias sanções. Vamos propor ao Ministério Público que a BWA seja penalizada se descumprir essas medidas. Se não ocorrer uma solução, se os problemas não forem solucionados, vamos continuar sem jogos no Maracanã. Os clubes é que têm que trazer alternativas - avisou Rubens Lopes.

A esperança é de que tudo esteja resolvido até a realização do clássico entre Vasco e Fluminense, dia 28.

Um dos problemas apontados para a rescisão com a BWA é o ônus financeiro que isso poderia trazer para os clubes. O vice-presidente financeiro do Fluminense, Humberto Palma, no entanto, disse que isso não é decisivo para resolução do caso.

- Os clubes realmente receberam adiantamento, mas não acho que isso vá impedir uma possível rescisão. No caso do Fluminense, o valor é pequeno - disse o dirigente.

O Vasco foi representado pelo presidente Roberto Dinamite. O Flu foi com o vice-presidente de futebol, Alcides Antunes, o vice financeiro, Humberto Palma, e o assessor jurídico da presidência, Marcelo Penha.

Entenda o caso

Após os incidentes com as roletas do Maracanã no clássico entre Flamengo e Vasco, no último domingo, a secretária estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Márcia Lins, notificou a Ferj e deu um prazo de três dias para que “sejam tomadas as devidas providências para evitar que os constantes problemas de acesso no estádio voltem a ocorrer”.

Do total de 103 roletas do Maracanã, somente 15 funcionaram no "Clássico dos Milhões", o que gerou um grande tumulto na entrada de torcedores. Foram 30.214 pagantes de um total de 37.104 presentes ao estádio.

Na rampa da Uerj, por onde entravam os torcedores cruzmaltinos, das 51 roletas somente cinco eram utilizadas. E na rampa do Bellini, local de acesso dos trocedores rubro-negros, de um total de 52 roletas, 42 estavam quebradas e somente dez funcionaram. Se o clássico, que não acontecia desde março de 2009, exatamente pelo Campeonato Carioca, tivesse recebido um número maior torcedores, a situação teria sido ainda mais caótica e dramática.

Por isso, a Federação do Rio foi obrigada a remarcar três jogos que estavam no programados para o estádio. Olaria x Vasco, no próximo sábado, e Fluminense x Resende, domingo, serão realizados no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Já o Flamengo x Tigres de quarta-feira (dia 24) será no Engenhão
 
Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Depois de perder Loco Abreu, Joel pode ficar sem Herrera contra o Flamengo

Uruguaio foi expulso contra o Olaria, enquanto o argentino será julgado pelo cartão vermelho recebido no clássico contra o Fluminende

Herrenra conduz a bola no treino do Botafogo

Depois de perder o atacante Loco Abreu para o clássico contra o Flamengo, já que o uruguaio foi expulso no jogo contra o Olaria, o Botafogo também pode ficar sem Herrera no próximo domingo. O argentino será julgado nesta sexta-feira, a partir das 16h, pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ) por sua expulsão contra o Fluminense, no último dia 7. A informação é do site Justiça Desportiva.

Denunciado por jogada violenta – artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – Herrera corre o risco de pegar de uma a seis partidas de suspensão. A ausência no clássico será confirmada se receber uma punição maior do que dois jogos, já que cumpriu a automática no último domingo.

Segundo a súmula, o camisa 17 do Alvinegro foi expulso aos 32 minutos do segundo tempo, após receber o segundo cartão amarelo por atingir um chute na perna de Cássio durante disputa de bola, conforme foi descrito pelo árbitro Rodrigo Nunes de Sá.

Se ficar sem os gringos, Joel Santana teria como opção um ataque formado por Caio e Edno, que fazia a função de segundo homem de frente nos tempos de Portuguesa. Botafogo e Flamengo vão se enfrentar no Engenhão, às 19h30m, pela quinta rodada da Taça Rio.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima

Joel Santana admite enxugar elenco do Alvinegro para o Campeonato Brasileiro

Técnico do Botafogo considera alto o número de jogadores do atual elenco, mas também espera pela chegada de reforços para restante da temporada
 Gustavo Rotstein/GLOBOESPORTE.COM 

Joel Santana comanda treino em General Severiano. Ele já está analisando o elenco

À medida que vai conhecendo o elenco do Botafogo, Joel Santana começa a ter uma ideia melhor das opções que tem e do que precisa. No momento em que inicia uma avaliação visando à disputa do Campeonato Brasileiro, o técnico admite que será preciso reduzir o grupo no segundo semestre. Segundo ele, o número atual de 35 jogadores é exagerado.

- Agora é o momento de lapidar, definir o grupo e pensar no plantel para o Brasileiro. Estamos com 35 jogadores, e nosso pensamento é dar uma enxugada em algumas posições, mas também sabemos quais são nossas dificuldades. A ideia é trabalharmos com 28 a 30 atletas. Ou 32 se contarmos os goleiros. Mas são decisões a serem tomadas mais para a frente - explicou.


Com isso, o planejamento seria emprestar jogadores com vínculo longo ou negociar rescisões daqueles que não serão aproveitados. Além disso, há atletas emprestados a outros clubes para a disputa do Campeonato Carioca, como o meia Wallacer, do Volta Redonda, e o atacante Léo Guerreiro, do Boavista.

A diretoria não esconde que a sua principal preocupação é contratar um meia de ligação. Maicosuel, do Hoffenheim, e o colombiano Macnelly Torres, do Colo Colo, foram alguns dos tentados, mas ambas as negociações são consideradas difíceis. Pelas palavras de Joel Santana, o setor que menos preocupa é o ataque.

- Herrera, Abreu, Caio e Edno já sabem o que fazer quando entram em campo. Além disso, o menino Júnior tem treinado bem e há outros nomes sendo observados nas categorias de base - disse.

Fonte:Globo.com
Marivaldo Lima

Bruno falha, e Flamengo perde em Santiago a primeira na Taça Libertadores

Herói no último domingo ao defender dois pênaltis de Dodô no clássico contra o Vasco, o goleiro Bruno falhou feio no gol que deu a vitória ao Universidad de Chile por 2 a 1, em Santiago, na noite desta quarta-feira. É a gangorra do futebol. Um dia em alta, outro em baixa. O goleiro aceitou um chute de Seymour de fora da área e viu a bola passar por baixo do seu corpo. E o Flamengo, que descontou com Rodrigo Alvim, conheceu, no estádio Monumental, a primeira derrota nesta Taça Libertadores.

O Fla tinha vencido Universidad Católica (2 a 0) e Caracas (3 a 1) nas duas rodadas iniciais. Curiosamente, o duelo desta quarta foi o primeiro em que o Rubro-negro não teve um jogador expulso nesta competição.

Com o resultado, o Flamengo perdeu a liderança do Grupo 8 da Taça Libertadores. O clube carioca permanece com seis pontos e foi ultrapassado justamente pelo Universidad de Chile, que chegou aos sete. O Universidad Católica tem dois pontos e o Caracas está em último, com um. Agora, o Flamengo volta a enfrentar o Universidad de Chile na próxima rodada. A partida vai ser no Rio de Janeiro, no dia 7 de abril. Também nesta quarta-feira, Caracas e Católica empataram por 0 a 0, na Venezuela. 

Agência/EFE

Jogadores do Flamengo com a cabeça baixa após primeiro gol do Universidad de Chile, feito por Vargas

 O jogo foi apenas o segundo do Universidad do Chile após o terremoto de 8,8 graus na escala Ritcher no final de fevereiro, que levou caos e destruição ao país. O primeiro em Santiago – antes a equipe duelou contra o Universidad Católica, em Coquimbo (2 a 2). “La U” foi obrigada a pegar emprestado o estádio do Colo Colo, que só liberou o Monumental após o rival aceitar pagar R$ 210 mil em caso de danos ao patrimônio.
 
Apesar de melhor, Flamengo sai em desvantagem no primeiro tempo

O pânico de um sismo semelhante ao que ocorreu no dia 27 de fevereiro e provocou mais de mil mortes no Chile fez a delegação do Flamengo dormir em Porto Alegre de terça para quarta-feira e desembarcar em Santiago apenas cinco horas antes do início do jogo. No estádio, um esquema especial foi armado caso ocorresse um novo tremor. 

Apesar do cansaço da viagem horas antes do duelo, o Flamengo começou bem a partida, dominando o meio-campo. A esperada pressão do time chileno nos primeiros minutos não aconteceu. Aos cinco, Juan cobrou falta da intermediária e Adriano, todo desequilibrado, cabeceou meio estranho. Mas a bola, mesmo sem força, subiu e bateu no travessão.

  Agência/Getty Image

Adriano foi facilmente anulado pela marcação

A partir daí, o que se viu foi uma série de chutes sem direção. Dos dois lados. E também muitos passes errados. Kleberson não acertava um. E o Flamengo falhava na última bola.

O jogo só voltou a ficar interessante a partir dos 30 minutos. Na primeira chance de perigo do Universidad, Oliveira recebeu e tentou tocar rasteiro para o meio da área. Álvaro, de carrinho, evitou que a bola chegasse ao meia Montillo, que estava pronto para marcar o gol. Pouco depois, escanteio para o Flamengo. Álvaro desviou e Vagner Love apareceu para cabecear quase na pequena área. O goleiro Conde conseguiu espalmar, evitando o primeiro gol.

Aos 36 minutos, Adriano deu o ar da graça. O Imperador, que estava saindo muito da área para se livrar da marcação, dominou na intermediária e soltou a bomba. A bola passou muito perto da trave esquerda de Conde, que pulou assustado. Foi a única boa finalização do atacante na partida.

O castigo veio aos 42 minutos. Após jogada rápida do Universidad pela direita, Estrada cruzou, Vargas se antecipou a Bruno na primeira trave e tocou de cabeça: 1 a 0. Na comemoração, o atacante tirou a camisa e recebeu o cartão amarelo.

- Foi um erro nosso. Eles fizeram um "dois contra um" e jogaram a bola na área. Não tive como fazer nada - explicou o goleiro Bruno no fim do primeiro tempo. 

E o Flamengo foi para o vestiário com a sensação de que havia complicado uma partida que parecia controlada. 

- Foi uma bobeira. O jogo nem estava tão complicado - completou Léo Moura.  

Vagner Love perde a chance de empatar a partida 

A conversa com Andrade no vestiário parecia ter dado certo. O empate rubro-negro veio logo aos cinco minutos do segundo tempo, na primeira chance. Adriano tocou para Vagner Love. Mesmo impedido, o atacante dominou a bola, atrapalhando Léo Moura, que vinha de trás. O lateral insistiu na jogada e conseguiu chutar, mas o goleiro Conde defendeu. A bola bateu novamente em Léo Moura e sobrou limpa para Rodrigo Alvim. O lateral-esquerdo, improvisado como volante, só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio: 1 a 1. 

Após o gol, o Universidad ainda perdeu um de seus principais jogadores. Estrada sentiu um problema no tornozelo direito e acabou substituído por Nelson Pinto. Aos nove minutos, porém, o time chileno ficou novamente em vantagem. Felipe Seymour recebeu na intermediária e chutou de longe. A bola saiu com força, mas era defensável. Bruno, no entanto, colaborou e deixou a redonda passar por baixo do seu corpo: 2 a 1. 

Vagner Love se esforçou, mas não brilhou

O gol animou os chilenos. Aos 13 minutos, Montillo entrou bem pela esquerda e chutou. Bruno espalmou para o meio da área, e a defesa afastou o perigo. A torcida do Universidad começou a cantar enlouquecidamente. Andrade resolveu, então, tirar o apagado Kleberson para colocar o chileno Fierro. O ex-jogador do Colo Colo foi bastante vaiado pelos torcedores do clube rival ao entrar em campo.

O Universidad estava bem armado em campo. E levava muito perigo nos contra-ataques. Aos 19 minutos, Olivera recebeu pela esquerda, entrou na área e chutou com força. Desta vez, Bruno fez ótima defesa e salvou o Flamengo de levar o terceiro. Neste momento, Andrade resolveu chamar Petkovic. O meia sérvio entrou no lugar de Vinícius Pacheco, que levava pouco perigo. O time melhorou e deu sinais de que poderia reagir.

Aos 25 minutos, Fierro recebeu bom passe de Léo Moura e chutou cruzado. O goleiro Conde caiu bem no canto direito para defender. Aos 33, a grande oportunidade. Petkovic tabelou com Vagner Love, que entrou na área e ficou na cara do goleiro chileno. Mas o toque por cobertura não foi preciso e acabou indo para fora, por muito pouco. O atacante não acreditou na chance perdida e colocou as mãos no rosto em sinal de desespero.

No fim da partida, Léo Moura deixou o campo machucado. Éverton Silva entrou, e o time ficou enfraquecido pela direita. Adriano ainda teve uma chance em contra-ataque, mas foi facilmente travado pelo zagueiro, em arrancada que evidenciou sua má forma física.

Com falha de Bruno, Adriano em noite apagada e Love perdendo gol, o Flamengo conheceu a segunda derrota na temporada - a primeira foi para o Botafogo, na semifinal da Taça Guanabara, pelo mesmo placar.

Fonte: Globo.com
Marivaldo Lima